22 novembro 2006
Tecido incerto...
Teço em raios de sol matutino, os meus sonhos mais ausentes
De ti perdidos, solitários e descrentes
Por meandros labirínticos, por desertos infinitos,
Por oníricas paisagens de vento…
Teimo entretece-los, por entre fios de orvalho nacarado
De brilho lunar, olvidado na aurora dos dias
Que passamos ao acaso…
Que arautos proclamam os deuses?
Que intentos? Que desejos?
Ensejos prementes, esses sonhos, esses cantos
Esses fios enleados nos sonhos que sonhados
Não passam nas areias do tempo…
Não mais que palavras, não mais que vontades…
Que intentos? Que desejos? O que teço?
Neste inspirado instante de ardor, que clamo e ordeno em mim
Como um fogo criador?
Que intentos? Que desejos? Quando teço com fervor,
De pérolas hecatinas, tão cristalino alvor?
Quando pela manhã te entrego, em gestos indomados
Esse tecido incerto, de pedaços de Amor... Inesperados...
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1 comentário:
Obrigada pelas simpáticas palavras :). Já modifiquei as permissões para os comentários.
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